Compreender como é e como pode ser a participação de crianças e jovens na escola parece ser fundamental para se construir uma escola que tenha sentido na vida deles e possibilite também a realização pessoal e profissional dos educadores. Hoje, a impressão é a de que os dois grupos se frustram por não poderem atualizar na escola o que desejam e o que pensam que ela deveria ser. Em muitas situações, o diálogo se torna difícil, quase impossível. Frente a um cenário que se afigura inexorável, muitos educadores têm desistido da profissão, e muitas crianças e jovens abandonam a escola; quando não podem fazê-lo, passam a odiar o saber, os livros e a situação escolar. Se a escola precisa encontrar caminhos diferentes, esses não vão resultar da clarividência de gestores, políticos ou governos, que, de cima para baixo, ditarão novos formatos, regulamentos e objetivos para a vida escolar. Mostra-se imperativo que educadores, crianças e jovens se mobilizem e participem desse processo. Só [...]