Dom Casmurro é uma das narrativas que jogam o leitor diretamente nesse contexto. Assim como o texto de Hoffmann permitiu que em Freud algo surgisse como elaboração em torno das narrativas fantásticas, acreditamos encontrar, no texto machadiano, questões que concernem ao sujeito, onde podemos encontrar algo que remete a essa borda do real, do estranhamento, da angústia, em outro estilo: não da ordem do fantástico, mas do que se aproxima dos aspectos mais banais e prosaicos da vida comum (o que também se aproxima, na clinica, da vida cotidiana, dos sujeitos que trazem as questões que insistem, que determinam circuitos os mais diversos, repetitivos, e não propriamente feitos extraordinários).