Chai-na [demolir aí] se apresenta como um quebra-cabeças do qual vai emergindo a figura de uma 'paisagem transurbana' de lógicas extremas, cuja especificidade se manifesta ao rasgar o véu do show arquitetônico que parece replicar as políticas de image-making habituais no Ocidente. De tal modo que esse jogo de formas olímpicas fabulosas pode ser pensado em parte como um passe de mágica para consumo ocidental; mas, ao mesmo tempo que encarnam bem a exuberância com que a China se reapresenta no tabuleiro mundial, essas imagens corroem os fetiches do urbanismo contemporâneo, mostrando sua profunda falsidade." (da Apresentação de Adrián Gorelik) As imagens que acompanham passo a passo o andamento do texto, não apenas ilustram esta visão inquietante do atual renascimento chinês, como narram outros sonhos urbanos paralelos de onipotência, predação e ruína.