No silêncio da mata, a água das cachoeiras cantava, ao se desprender do alto, escorregando pelas pedreiras e caindo para formar poços ao mesmo tempo límpidos e escuros de tão profundos. Às margens da segunda cachoeira visitada, enquanto escolhíamos a melhor posição relativa ao sol poente, deparei-me com uma bromélia minúscula, agarrando-se ao tronco da árvore e exibindo um cacho de flores semelhantes a libélulas rosadas. E ela me disse, ao coração: - Vê como sobrevivo? Não me nego a mostrar beleza, em meio a tamanha dificuldade... Montanhas de Minas. Tesouros da minha infância. Trazem-me a paz que o mundo teima em roubar.