Luís Cláudio da Silva Chaves (que conheço desde menino, em virtude de bela amizade familiar, e com quem convivi, aluno-professor, na querida "Milton Campos" que seu pai, o professor Wilson Chaves, fundou e dirigiu com perfeição), foi presidente da OAB/MG - Jovem e hoje é presidente da OAB/MG, que congrega o advogado júnior e o sênior. Ele continua jovem em seu espírito (e na idade também), mas já é um sênior em suas ações e reflexões. Sugiro aos leitores desta oportuna coletânea, toda ela de agradável e proveitosa leitura, que observem atentamente as palavras de Luís Cláudio no artigo "A Justiça, a Sociedade e o Jovem Advogado" (pág. ix), escrito no final dos anos 90. Vejam este trecho: "Há palavras esquecidas - conciliação, concórdia, fraternidade, amor - ansiosas por concretizar-se, e que dependem de ti. Ampara o inocente, Acolhe a vítima do arbítrio. Sustenta o desvalido. Serve aos pequenos. Tu serás grande!" Um jovem falando a jovens. E, agora, depois de percorrerem os textos variados, claros, ricos e úteis do atraente sumário, que viaja pelos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011, fixem-se mais um pouco no artigo da página 161, intitulado "As vaidades na Justiça", e vejam o advogado-sênior a analisar, com ponderação, a "Fogueira das Vaidades". Diz ele: "Nesse ambiente, de justiça e de direito, o orgulho excessivo frusta expectativas, fere a lógica, cria desentendimentos e atrapalha a solução das lides". E mais: "O advogado precisa do juiz, do promotor e dos serventuários, como estes precisam dele. E todos devem suas atenções ao jurisdicionado, verdadeiro representante, em juízo, do povo". O ideal do júnior e a experiência do sênior mesclam-se, em doses certas, nas páginas destas reflexões. Parabéns ao autor, ao prefaciador, à Del Rey e ao Dom Total por este presente ao leitores.