Eu teria o maior prazer em só escrever para os mortos: as palavras de Baudelaire, constantes da dedicatória, são perfeitas para indicar a atmosfera em que foi escrita a obra, em 1858.Em O poema do haxixe, Baudelaire aborda as drogas, primeiro, de forma generalizada, e trata também da postura do homem do século XIX perante sua utilização. Em seguida, ele particulariza, descrevendo o haxixe desde a sua origem, sem descuidar sequer de comentar a etimologia da palavra.O teatro de Serafim, terceiro capítulo do livro, traz uma ilustração dos efeitos do haxixe por intermédio de tres narrativas que Baudelaire chama de anedotas. Essas narrativas correspondem às três fases do efeito da droga. De se notar que a última fase nada mais que o tema da correspondência entre as artes, caríssimo a Baudelaire, e que serviu de base para a geração de simbolistas franceses que o sucederam.Depois de comentar de forma extraordinária a obra que escreve, o autor discute por fim a moral. Baudelaire troca então as anedotas por um personagem único, criado por ele para melhor explicar a questão moral: um indivíduo viciado em haxixe que acredita ser Deus! Em "O poema do Haxixe", Baudelaire aborda as drogas, primeiro, de forma generalizada, e trata também da postura do homem do século XIX perante sua utilização. Em seguida, ele particulariza, descrevendo o haxixe desde a sua origem, sem descuidar sequer de comentar a etimologia da palavra. "O teatro de Serafim", terceiro capítulo do livro, traz uma ilustração dos efeitos do haxixe por intermédio de três narrativas que Baudelaire chama de anedotas. Essas narrativas correspondem às três fases do efeito da droga. Depois de comentar de forma extraordinária a obra que escreve, o autor discute por fim a moral. Baudelaire troca então as anedotas por um personagem único, criado por ele para melhor explicar a questão moral: um indivíduo viciado em haxixe que acredita ser Deus!