obra descreve um passado amazônico submerso no universo das famílias ribeirinhas ou beiradeiras. A compreensão da construção histórica de Humaitá permite uma reconstrução da teia de relações sociais entre os diversos atores surgidos às margens do rio Madeira. Esta obra ao relacionar os festejos de Santo Antonio e da Imaculada Conceição, realizados no "Porto da Anta", em Humaitá, com a história oficial percebe-se nas vozes que escutamos ecos de vozes que emudeceram e, que em meio a teias de significados busca interpretar uma situação de fronteira bipolar entre a historicidade da população indígena Parintintin e da fundação local, surgindo, assim, um campesinato amazônida. Esses festejos coincidem com as duas estações amazônicas que rompe com o cotidiano das populações ribeirinhas, demonstrando um modo de vida cíclico, suas relações sociais, esperanças.