A obra que ora se apresenta ao público, sob o título direito à duração razoável do processo: responsabilidade civil do estado em decorrência da intempestividade processual, é produto de um jovem, mas promissor jurista, que soube, com a maestria própria dos prodígios, estabelecer um debate profícuo e dinâmico sobre esse tema tão apaixonante que diz com o tempo no processo e o tempo do processo. Demonstrando sensibilidade e respeito ao conhecimento e à criação humana, o autor não deixou de visitar as páginas de autores consagrados, explorando detalhadamente as prateleiras das bibliotecas e das livrarias, nas mais diversas áreas, da economia à mecânica, da história à filosofia, da física à sociologia, do direito à literatura, para nos premiar com um panorama inédito e inigualável sobre o conceito do tempo partindo do direito fundamental à duração razoável do processo e desmistificando conceitos como celeridade e tempestividade; morosidade e intempestividade, no mais das vezes tratados de forma displicente e sem a devida cientificidade, enfrentou criticamente um dos principais dilemas que assola a comunidade jurídica - o combate à intempestividade processual e a busca da concretização da prestação jurisdicional - adentrando, sem se divorciar da indispensável dogmática, no campo da responsabilidade civil face ao evento danoso do processo intempestivo. O resultado final é um livro aprimorado, profundo, desbravador e, acima de tudo, desafiador. A leitura do texto flui harmonicamente na retórica própria dos que nada temem e nada tem a esconder, convidando o leitor a prosseguir, ávido, mais e mais.