Entre os desafios para o Brasil, destaca-se a elevação do investimento em infraestrutura. Devido às incertezas a que os projetos de longuíssimo prazo estão sujeitos, os contratos de prestação de serviços públicos pelo setor privado são considerados incompletos, devendo incorporar certa flexibilidade para lidar com eventos não previsíveis no momento da sua elaboração. Tirando proveito de assimetrias de informação, os detentores da concessão costumam adotar estratégias oportunistas (low balling, hold up e winner curse), para maximizar os seus lucros. Em resposta a esses desafios, o project finance deve ser entendido como uma estrutura de governança envolvendo uma rede de contratos, que proporciona uma melhor alocação de riscos entre os diversos atores de um projeto, promove alinhamentos entre as partes, fomentando estruturas mais eficientes de prestação dos serviços.