Objetiva-se propor um modelo de política pública de saúde coletiva voltada a atender a demanda de mulheres e homens trans, a partir de relatos empíricos das experiências vivenciadas por essas pessoas no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). O estudo da transexualidade, vista como uma forma livre e autônoma de construção da identidade de gênero, é reflexo do entendimento crítico das proposições modernas trazidas pelo binarismo. O transexual é o sujeito que rompe com a concepção taxonômica de sexualidade definida a partir da genitália. A identidade de gênero consiste na possibilidade conferida às pessoas de construir-se como homem ou como mulher a partir de escolhas que se dão no âmbito de sua subjetividade, pois as pessoas são livres para se construírem da forma que melhor lhes conviver.