Ao compreender e interpretar a teoria da sociedade de risco mundial elaborada por Ulrich Beck, Estevão Bosco mostra como o autor usa o ensaio como estratégia analítica/discursiva para possibilitar o delineamento das teses principais de sua teoria. Viabiliza-se daí a crítica imanente, que por meio de proposições específicas, permite novas formulações conceituais, neste livro circunscritas às seguintes questões: aspectos processuais do conceito de reflexividade; continuidade e descontinuidade na concepção de processo histórico-social; e a relação entre reflexividade, modernidade e incerteza, sob a perspectiva dos significados do devir social. Enfim, Estevão Bosco, nesta obra, aborda uma teoria sobre a qual não há críticas estabelecidas, apesar de sua difusão nos circuitos acadêmicos de uma sociologia globalizada, de suas contribuições significativas para a compreensão sociológica de problemas contemporâneos e das controvérsias que suscita no âmbito da justificação do argumento.