A enorme desigualdade social, as péssimas condições de vida de grande parte da população de baixa renda das principais cidades capixabas, a formação de gangues juvenis em bairros da periferia da região metropolitana e a superestrutura criminosa que envolveria agentes do Estado de diferentes níveis - tudo isso sugeria uma desagregação institucional que se acumulava sob a base de “empresas” criminosas, também ligadas à oferta de proteção cujo recurso principal é a violência ou sua ameaça. Marco Aurélio investiu a sua pesquisa com o fôlego de escrutinar milhares de páginas de documentos e jornais de várias épocas e acurácia em realizar difíceis entrevistas com alguns importantes atores sociais envolvidos nessas tramas.