Em Jornada, Cerco e Tragédia, Tomas Caterín apresenta um cenário não tão longe da realidade atual. Um universo onde a desigualdade atinge seu ápice, onde os milhões de pobres são extremamente pobres e as dezenas de ricos são estupidamente ricos. O que aconteceria quando os mais vulneráveis economicamente tomassem conhecimento de sua situação? O que fariam os mais ricos? As autoridades? A classe média? Ao mesmo tempo, com as histórias da Revolução Francesa em mente e com as próprias vivências e observações de uma sociedade cada vez mais desigual, Caterín se inspira para escrever Jornada, Cerco e Tragédia, onde diversos pontos de vista são expostos durante os acontecimentos da obra. Ruas se enchem de pessoas, de início, em silêncio, e no fim, em alvoroço. Em Jornada, Cerco e Tragédia, uma sociedade observa alarmada os seus desprezados saírem de suas posições de inferioridade, onde foram postos, e caminharem para o centro político do país, na esperança de melhoria de vida. [...]