Mudar de país, mudar de paisagens. Deixar para trás a língua conhecida, os rostos familiares, e se abrir para novas caras e novos sons. Esse é o desafio de quem migra: milhões de pessoas que todos os anos - em busca de melhores condições de saúde, segurança ou trabalho - se veem obrigadas a recomeçar a vida longe de casa, num outro país. Neste livro com duas capas e dois pontos de partida distintos, que se deixa folhear de trás para a frente e de frente para trás, a artista argentina Mariana Chiesa Mateos realizou uma obra poética aberta a múltiplas interpretações e que, assim como o próprio fenômeno da migração, propõe ao leitor a experiência de vários pontos de vista ao mesmo tempo. Desenvolvido em colaboração com a Anistia Internacional, e dedicado aos que deixaram a sua terra para reconstruir a existência em outro lugar, este livro com desenhos nítidos, comoventes e essenciais mostra, com muita delicadeza, como a palavra migrante pode ser sinônimo de sofrimento e fragilidade, mas também de coragem e de futuro.