Lhayrz é surpreendido por um tele-fonema na véspera de seus 65 anos, que exacerba seu mau humor. Werley, seu amigo de infância, planejou comemorar seu aniver-sário, evento que o aniversariante há tempo não deseja festejar mais, e se pergunta: ‘Como agradar velhos com outra coisa que não o sossego, esse cantinho apropriado para ruminar lembranças?’ E reflete: ‘A memória devolve expe-rimentado e devorado o passado ao presente a fim de ruminar nova-menete seu sabor, doce ou amargo, e, em seguida, engole-o mais uma vez até sua profundeza. Assim, considero a memória o estômago do cérebro’. Porém, diante do inevitável, simbolicamente ele o convidará para a festa, leitor. Não sem antes contar-lhe tudo desde o começo, entre ingenuidades e me-dos, amores e desamores; enfim, a história de quatro amigos: Cardeal, Esqueleto, Esculápio e Coruja. E saiba antes mesmo do final que alguém na festa milagrosamente livra Lhayrz do temperamento amargo ao lhe dar o presente que tanto esperou.