O poeta é um ser híbrido, mãos de sátiro, anuncia o primeiro poema. Até onde isso pode ir? O que há de humano em um ser dessa natureza? Provavelmente o gosto pela poesia radical. Que não é satírica. É guerrilha linguística, moral, ética e estética. Será lido mais adiante, o autor é vários. E conhece o percurso de se desnudar. O livro são poemas que permitem diversas leituras, estilo caracterizado pela expressão literária contemporânea. O texto não tem definição de voz do autor, mesmo utilizando-se, às vezes, o pronome eu. A leitura compõe o sentido, por meio da sensorialidade e da plasticidade do texto, que não tem pontuação nem letras maiúsculas. O texto se torna introspectivo, particularmente lúdico. Trata-se de um autor sensorial, intérprete dos afetos que fluem dentro dele e afluem da sociedade aflita. [...]