Eu poderia falar de cada verso deste livro, com o mesmo amor que um pai fala de seu filho, mas não quero falar de minha prole. Não me glorio em falar do que escrevo, mas contento-me se o que eu escrevo falar por mim. Agora estes versos são livres, e não me pertencem mais, serão peregrinos, espero que encontrem abrigo no coração de algum espírito errante no dorso fero da vida. Que cause inquietações pose em um sorriso e acalentem as almas angustiadas. Como disse o grande poeta dos escravos Castro Alves: Possam eles, ó meus amigos! Efêmeros filhos de minha alma, levar uma lembrança de mim às vossas plagas.