O autor discute os singulares traços da escrita dramática de Lorca, percorrendo-os desde a estreia do poeta no teatro profissional, em 1927, até as obras que antecederam o seu assassinato, no início da Guerra Civil Espanhola, por extremistas de direita. Buscando referências tanto na tragédia grega quanto na filosofia de Nietzsche, o autor se debruça sobre a questão do trágico no teatro lorquiano, marcado por um retorno ao arcaico e por uma afirmação trágica do corpo e do feminino, do amor e da liberdade.