Abril de 2018 fez tremer as estruturas da láurea mais prestigiosa do planeta. Aconteceu na área de literatura, mas não deixou de repercutir nas outras categorias, ao expor a céu aberto que o prêmio, aplaudido e reverenciado pelas nações mais poderosas do Ocidente, tem também um lado obscuro, que inquieta críticos e candidatos. Uns condenam omissões, outros detectam erros e injustiças, outros ainda denunciam dúbios interesses. Daí as eternização de perguntas pertinentes, até hoje não elucidadas, apesar de reformas feitas pela Fundação Nobel para remover tabus do passado. Algumas delas: Quais critérios e políticas embasam os comitês Nobel para escolher seus laureados? Por que a maioria das láureas vai para personalidades anglo-saxônicas? Por que um país continental como o Brasil é considerado "periférico" e jamais foi premiado apesar de ter indicados de peso nas diversas categorias? Por que, desde 1901, só 48 mulheres conquistaram o prêmio, contra mais de 800 homens? Como e por que foi negado o Nobel da Paz a Mahatma Gandhi, o maior apóstolo da não violência? Ou a Dom Hélder Câmara, quatro vezes candidato favorito? Símbolo poderoso da cultura Ocidental, o Nobel continua vivo e despertando grandes emoções. Mas será que essa nobre distinção gozará de sustentabilidade no futuro? Conseguirá a Acadêmia Sueca superar a crise provocada pela presença de um predador sexual em sua área de premiação, a literatura? Ou, em outras palavras: Terá seu capital de credibilidade se esgotado para sempre? 'MALDITO PRÊMIO NOBEL! O reverso da medalha' busca responder as questões que marcam a trajetória dessa láurea universal criada pelo Pai da Dinamite, o sueco Alfred Nobel. Trata-se de uma história fascinante, que envolve prestígio, paixões e vitórias, mas também grandes controvérsias, além de intrigas, preconceitos e até traições.