Este trabalho está voltado ao levantamento da arquitetura rural no sudoeste goiano no período compreendido entre 1830 e 1930. Com esta produção, abre-se uma janela que permite descortinar todo um conjunto atrelado à cultura de morar e ao relacionamento social. Através da arquitetura produto material da cultura conseguimos ver uma complexa rede de articulação produtiva e uma maneira específica de ocupação territorial que produziu a alteração de fronteiras, estabeleceu limites e configurou parte da região central do Brasil no século XIX. A década de 1830 marcou, para a região, o deslocamento das pressões nas fronteiras pela posse de terra, vindas de Rio Verde à leste e do Desemboque à sudeste. A década de 1930 marcou, com a criação de Goiânia, novos arranjos políticos, econômicos e simbólicos que tiveram significativos impactos na zona rural da região. Para a economia e sociedade, significou o advento da modernidade. Para os que moravam no sertão, o ocaso de um modo de vida.