Vivemos em um mundo no qual as instituições tradicionais e os códigos de moralidade têm sido desrespeitados. Perdemos nossas âncoras e, com elas, nosso sentido de estabilidade ética. As influências vindas de todos os lados provocam conflitos de valores, normas, modos de ver a vida, e tudo isso atinge nossa maneira de sentir, pensar e nos conduzir. Em determinadas situações, muitos valores que aprendemos são colocados em questão. Necessitamos, então, encontrar soluções para os conflitos advindos das transformações sociais pelas quais passamos. Desde muitos milênios as grandes correntes filosóficas e religiosas vêm buscando relembrar ao homem a importância dos princípios morais naturais. As profissões modernas buscam, através de seus códigos de ética específicos, salientar, ao lado dos conhecimentos científicos e dos aspectos técnicos, a grande importância que dão ao desenvolvimento de uma postura moral que assegure o correto exercício das suas atividades. No mundo profissional e dos negócios muitos vêm desenvolvendo padrões morais que refletem práticas honestas baseadas na confiança, tais como os códigos de defesa dos consumidores, a busca da satisfação dos clientes. Como os produtos e serviços diferem muito pouco, de uma empresa para outra, o diferencial buscado pelas organizações, frente às suas concorrentes, é aquele baseado na confiabilidade, que torna a ética nos negócios um legítimo valor agregado. Atualmente, após a mudança de século e de milênio, estamos vendo que a ética baseada unicamente no interesse individual está fadada à ruína, já que os sistemas de vida, estabelecidos através dos tempos, buscaram sempre o equilíbrio entre as necessidades da comunidade e os desejos do indivíduo. Nossa reflexão oportuna contribuirá para o desenvolvimento dos valores éticos que possibilitarão esse feliz equilíbrio.