Transitando entre o brincar e a arte, a autora demonstra os enlaces e a singularidade da experiência artística e do brincar criativo por meio da Arteterapia. Nela são favorecidos os processos de subjetivação que se atualizam em uma experiência, pois a junção da ação terapêutica e da vivência estética propicia que o sujeito redirecione o seu olhar sobre o mundo e redimensione seus projetos de vida. Este livro descreve a constituição do espaço potencial no setting de Arteterapia, onde foi possível às mulheres em obra abrirem caminhos em direção à vida criativa. O estudo da oficina realizada com as mulheres revelou que o uso terapêutico da arte coloca as subjetividades em obra. Dando continuidade ao viver criativo, a autoria das obras abriu caminhos para a realização de mudanças autonomizadoras, dentro e fora da oficina de Arteterapia. A autora destaca a trajetória poética de Margarida, que construiu uma casa, sua obra-prima e simultaneamente foi construindo a si mesma.