A biografia de um biógrafo é um jogo que se faz com espelhos e lentes. A de Stefan Zweig, o famoso escritor austríaco que viu no Brasil o “País do Futuro”, exige outros instrumentos. Explicar as razões do suicídio em Petrópolis daquele que foi um dos autores internacionais de maior sucesso na primeira metade do século passado, requer uma equipe: um repórter diligente, um escritor sensível, um historiador experimentado, um psicólogo atento e, sobretudo, alguém disposto a oferecer ao personagem o manto da compreensão. Alberto Dines lançou em 1981 e 1982 as primeiras edições de Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig e foi saudado como precursor de uma nova geração de biógrafos. Não contente, duas décadas depois lança esta biografia que é também uma viagem no tempo, mergulho no passado para entender o presente.