Os “menores de rua” ganharam notoriedade no Brasil em meados da década de 1970. Passaram a ser notados pelos profissionais ligados às ciências sociais, pelos educadores em geral e também pela mídia. Neste contexto surgiram os “educadores de rua”. O autor usa o conceito de “deslocamento da representação, para construir um poderoso instrumento de desmistificação da ideologia que se esconde sob a contemplação benevolente e paternalista do pitoresco popular, que não enxerga a violência que se abate sobre a vida dos que estão na rua. Os “deslocamentos” que transformam a rua em “casa dos meninos e meninas de rua”, que estabelecem falsas comparações entre “meninos e meninas de rua” e meninos e meninas faveladas e, finalmente, que transforma a rua em instituição educativa são denunciados de forma contundente e humana por José Luís.