O interesse pela obra e pela figura de Radbruch -- a par de seu valor intrínseco -- reacendeu-se na medida em que ambas se transformaram, justificadamente ou não, num emblema da disputa entre o positivismo e o jusnaturalismo. Alguns falam num “primeiro” (antes do nazismo) e num “segundo” Radbruch, após a guerra do positivismo para o jusnaturalismo. Biógrafos ou comentadores como Arthur Kaufmann e Winfried Hassemer preferem apontar para uma certa linearidade e continuidade no pensamento de Radbruch, que procurava harmonizar o positivismo com a ideia de justiça, da qual, a seu ver, não era diferente a ideia do Direito.