Papas não deveriam ter vida sexual. Então, esse deveria ser o menor livro do mundo. Mas não é. O catatau tem 350 páginas. (Nigel Cawthorne) Mesmo numa época em que mau comportamento de religiosos aparece vez por outra nas manchetes, seria difícil imaginarmos o papa João Paulo II sendo assistido por uma madre superiora, sob os olhos atentos do colégio dos cardeais. Mas, se acontecesse, não seria uma cena inédita, diz o autor. Muitos papas anteriores praticaram todo tipo de traquinagem. Muitos deles se casaram. Outros , por trás do manto do celibato, instalaram suas amantes no Vaticano e promoveram seus filhos ilegítimos- ou sobrinhos, como são conhecidos na Igreja. Corajoso e bem-humorado, o britânico e jornalista Nigel Cawthorne revela neste livro as aventuras secretas- ou, às vezes, inteiramente públicas, vividas por pontífices de uma Roma dissoluta que ao mesmo tempo impunha, a toda a cristandade, as obrigações de castidade. A decadente corte papal de Avignon, as noitadas promovidas pelos Bórgia em Roma, a luxúria dos tempos de Leão X, Alexandre VI, Clemente VII, Gregório XIII e tantos outros, num mundo de orgias onde tudo valia, desde que significasse prazer. A Vida Sexual dos Papas, que sai agora no Brasil, é seu livro mais popular. Já foi traduzido para 23 línguas, mas os lugares onde faz mais sucesso são os países católicos. Em capítulos marcados por irreverência e fidelidade aos fatos históricos, ele nos apresenta um livro que ensina e surpreende da primeira à última página