No livro que agora publicamos a acção educativa é apresentada, tal como o fazemos aos nossos alunos, como um acto iminentemente social, mas porque dirigida ao cidadão, é este que se assume o eixo em torno do qual intentamos que os agentes educativos organizem as suas intervenções. Por isso, a descoberta da criança afigura-se-nos o maior desafio a que essas intervenções podem responder. Se o cidadão é eixo, a criança é então o núcleo central em torno do qual toda a educação se deve começar a construir. Porém, bom será que os professores e educadores tenham bem presente que esse mesmo núcleo de referência, antes de começar a ser ente de formações específicas, para as quais as pedagogias se montam, foi e é objecto de conformatizações educativas e culturais no seio da família que lhe dita o pertencimento ao nós.LUÍS MARQUES BARBOSA é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e em Ciências da Educação pela Universidade de Caen (França). Nesta mesma Universidade fez o mestrado em Psicologia e Ciências da Educação e o Doutoramento em Letras e Ciências Humanas / Ciências da Educação. Professor associado de nomeação definitiva na Universidade de Évora.