Como definir a gestão territorial adequada às novas formas de realização da economia? Em que escala essa ação será desenvolvida, tendo em vista o controle dos interesses privados e a garantia de direitos sociais? De que modo a difusão de modelos e de práticas de planejamento interfere no reconhecimento do local como lugar, contendo sujeitos sociais e memórias? O presente volume procura refletir sobre as ações planejadas que, reunindo sujeitos sociais e espaço herdado, permitem conceber estratégias de desenvolvimento expressivas de uma igualdade realizada no respeito à diferença e á diversidade. Nessa perspectiva, a escala da ação planejadora é vista não apenas coo resultado de processos históricos de longa duração, mas também como um fator estratégico na determinação do presente e do futuro do território social. Pois, na perspectiva do combate às desigualdades socioespaciais, é aqui assinalado que um "jogo de escalas'' articula diferentes arenas politicas e ambientes produtivos e que as próprias escalas - local, nacional e global - são objeto de confronto, assim como o são as relações interescalares.