Wilson Batista vivia na malandragem, de corpo e alma. Seu espírito, sua linguagem e brincadeiras procuravam reproduzir as gírias e as emoções dos grandes malandros de sua época, a quem ele tanto admirava. Nas roupas não dispensava um terno azul-marinho ou branco, a camisa de seda pura, sapato cara de gato, cachecol branco caído sobre os ombros, lapela larga levantada e navalha no bolso. Nunca usou a navalha, mas sabia que o instrumento ajudava a compor o tipo, porque 'malandro que era malandro carregava a sua navalha'. Os grandes malandros da época também se vestiam assim. Madame Satã era um fã incondicional de Wilson, a quem considerava 'o maior compositor do Brasil'.