Partindo da análise de movimentos de protestos sociais contemporâneos, sobretudo brasileiros, e questionando a ideia de que a explicação do mundo do trabalho pela teoria marxista está superada, esta coletânea busca ampliar a compreensão das relações de classe e dos movimentos sociais, assinalando como, ao lado de movimentos sindicais organizados e atuantes, se constituem outras formas de participação e reivindicação que não se vinculam a essas entidades mas que se encontram em um contexto de luta de classes. Seus doze ensaios mostram que esses novos movimentos são protagonizados por trabalhadores não inseridos no mercado formal de trabalho, excluídos da estrutura sindical, mas que nem por isso estão à margem das relações de classe.