Saberemos o que é pior que uma crise? É uma crise que não se compreende! Esta citação de Jean Boissonnat, na introdução, dá-nos o tom do propósito da obra. De facto, não será necessário acabar, de vez, com os discursos "engana-todos"? Procurar questionar sobre as causas de uma cegueira que conduz à repetição desta palavra - A Crise? Um sésamo que permita à economia uma verdadeira leitura das turbulências que afrontam a civilização industrial? Reencantamento do Mundo, não se trata de uma fórmula mágica destinada a negar o horror económico, mas a formulação, ambiciosa, de uma vontade de discernir para além das crises (ecológicas, políticas, éticas, salariais) com os utensílios fornecidos por observadores pertinentes - como Edgar Morin e Joël Rosnay - as evoluções, as mutações essenciais à construção da sociedade e que orientam o seu futuro. ALAIN VILLEMEUR, é engenheiro e investigador numa grande empresa. DIDIER WILLIAME, é jornalista do grupo Bayard-Press.