Em descrição transparente e bem embasada, Eneá de Stutz e Almeida inicia a discussão teórica, examinando as fontes primárias relacionadas ao acervo documental e bibliográfico do IAB, para, posteriormente, examinar, em diferentes momentos da vida do País, a atuação do que, respeitosamente, aclama por Casa de Montezuma. O esforço projetado na obra foi direcionado a mostrar que o Instituto é apresentado como uma proeminente instituição cultural, "equivalente ao intelectual orgânico gramsciano, defensor do Estado Democrático de Direito, da soberania nacional e dos direitos fundamentais; liderado por uma intelligentsia" (p. 08). Não menos significativo é o reconhecimento expresso, ao longo da pesquisa, não só de identificar o perfil do pensamento jurídico-científico produzido pelo Instituto, como ainda de inserir o espaço do IAB nos grandes debates políticos que ocorreram no Brasil, quando chamado a se pronunciar.