O Dia Mastroianni, de J.P. Cuenca, agora em nova edição pela Record, retrata, e ao mesmo tempo subverte, os clichês da geração de jovens dos anos 1990. Em O Dia Mastroianni, de J.P. Cuenca, o mesmo autor do livro de crônicas Qualquer lugar menos agora (Record, 2021), acompanhamos as 24 horas da aventura de Pedro Cassavas e Tomás Anselmo, que flanam pela cidade em encontros com mulheres e bebidas, marcando presença em festas para as quais não foram convidados e saboreando os privilégios e as angústias de sua condição existencial e social. Cuenca usa habilmente os artifícios da metalinguagem para criar uma narrativa questionadora de si mesma, que retrata os clichês de uma geração de jovens de classe média cheia de informações e pretensões artísticas, mas incapazes de criar algo original, e que teme os lugares-comuns, mas que não consegue se desvencilhar deles. O jornalista e escritor Paulo Roberto Pires acrescenta, na orelha desta nova edição: Na ficção contemporânea [...]