Vitória nasceu em Angola, mas foi criada em Portugal. A infância, que está longe de idílica (por causa do racismo e da condição de exilada), esconde um trauma: ela nunca conheceu a mãe, uma revolucionária angolana. Narrado com eletricidade, o romance embaralha saudavelmente as formas e as expectativas: é uma história de amor e de guerra, um conto contemporâneo que lida com o passado, um chamado à independência das mulheres como seres políticos.