As expressões criativas geralmente surgem quando experimentamos interações entre atividades de concentração racional (modo executivo padrão) e entrega ao devaneio (mind-wandering), cuja mediação é permitida por uma região estratégica no centro do nosso cérebro, chamada de lobo insular. Tais revelações foram possíveis graças ao uso das tecnologias de neuroimagens nas últimas décadas. A descoberta sobre essa função mediadora da ínsula confirma as abordagens duais dos processos de criação, desenvolvidas por diversas correntes de ideias nos últimos 100 anos: as subjetivas concepções entre consciente e inconsciente, bem como as relações entre pensamento analítico e insight, pensamento convergente e divergente, hemisfério esquerdo e hemisfério direito, incluindo-se nesse contexto, mindfulness e mind-wandering.