Nos anos 1980, o processo de redemocratização traz novos ares ao país, inclusive ao seu design. Nesse contexto, surge uma geração de profissionais que trilham o caminho aberto pelos modernistas e recuperam o interesse na produção primorosa e muitas vezes artesanal de móveis de madeira. Surge também uma nova vertente do design de mobiliário, que inova nos materiais além da tradicional madeira, palhinha e couro, contrapondo com matérias-primas como borracha, lona, alumínio, laminados estampados e fibra de cimento. A década de 90 completa a ruptura com obras marcadas pelo humor, irreverência e alta densidade semântica. Alguns designers invertem o curso natural da sociedade do consumo e fazem uso de diversos materiais, vê-se aí o ponto de partida para a criação de algo novo. No século XXI, pode-se dizer que a marca do design de mobiliário no Brasil é a diversidade, no que diz respeito tanto à linguagem e conceitos quanto aos processos produtivos e mercados atingidos. Em Móvel brasileiro contemporâneo é possível encontrar peças idealizadas por artistas, coletivos e designers que fazem história até hoje. Nomes como Bernardo Senna, Carlos Motta, Claudia Moreira Salles, Fernando Jaeger, Hugo França, Ilha de Ferro, Índio da Costa, Julia Krantz, Lattoog, Marcelo Resenbaum, Ovo, Ruy Ohtake, Zanini de Zanine, entre muitos outros, se destacam nesta seleção especial.