A ética nos dias de hoje é permeada por pensamentos tolerantes e indisciplinares perante os acontecimentos corriqueiros. Escrever algo minimamente detalhado sobre o comportamento moral, político, jurídico e religioso é a linha que a autora, Adela Cortina, procura traçar, buscando referências filosóficas em um passado recheado de moralidades religiosas e políticas. Sem grandiosidade, o livro aborda o mínimo moral do ser humano, contrapondo pensamentos kantianos, nietzschianos, neo-hegelianos, utilitaristas e aristotélicos. Com a entrada da Idade Moderna, Deus deixou de ser um parâmetro moral e social para nós; foi então que a filosofia prática viu suas fileiras encorparem. Para entendermos noções como felicidade e ethos, Ética mínima retira o véu, clareando o que leva o ser humano a determinados tipos de comportamentos, principalmente em um momento como este, repleto de questões a serem resolvidas. Ser moralista é ser ético? Há ética na democracia? O Iluminismo teve realmente um papel importante para essa filosofia prática? E quais são os parâmetros éticos e morais para se obter a felicidade? Ética mínima é fundamental para responder a essas perguntas e desmistificar alguns mitos da humanidade.