Na interface gestante, feto, recém-nascido, dois capítulos enfocam situações freqüentemente vividas por obstetras e neonatologistas: a transmissão materno-fetal do vírus HIV e a bioética na prática neonatal. As decisões médicas passam, cada vez mais, a ser questionadas sob os pontos de vista legal, ético, cultural e moral. Questões como qual o limite da viabilidade, quando interromper um tratamento e quais os riscos envolvidos com o não-tratamento são discutidas. Com a profusão de novas drogas e diferentes abordagens terapêuticas na assistência ao recém-nascido de risco, julgamos conveniente incluir o tema Neonatologia Baseada em Evidências, no qual a neonatologista Maria Elisabeth Lopes Moreira analisa, criticamente, o uso de terapias comumente utilizadas em UTI, muitas das quais sem comprovação, mediante estudos clínicos, de sua eficácia clínica. Um novo universo de infinitas possibilidades terapêuticas, através da bioengenharia e intervenções genéticas, é apresentado em Perspectivas da Aplicabilidade de Células-tronco Hematopoiéticas: Células do Cordão Umbilical. Os cuidados intensivos ao recém-nascido prematuro e de risco são abordados em capítulos que incluem: cuidados com a família, marcadores laboratoriais da sepse neonatal, infecções por Candida, consulta clínica em pacientes com canal arterial patente e cuidados voltados para o desenvolvimento do pré-termo na UTI neonatal. Os cuidados aos recém-nascidos de risco após a alta hospitalar são abordados nos capítulos sobre triagem auditiva, follow-up e estudos da função pulmonar e suas implicações na assistência