A sociedade brasileira nem sempre entende o papel do cientista, e o mesmo, muitas vezes, não faz questão de ser entendido. Entretanto, muitos dos conhecimentos que adquirimos através dos livros escolares são oriundos de pesquisas científicas. Pesquisas estas, muitas vezes realizadas em outros países, em situações incomuns ao clima e ambiente brasileiro. Dessa forma, tais livros, às vezes, mostram exemplos que são difíceis de serem visualizados, ou mesmo, nunca foram experimentados pelos alunos. Será que tais exemplos ajudarão na resolução dos problemas vivenciados pela sociedade na qual os alunos se encontram? E será que a formação escolar não poderia questionar sobre tais problemas e suas resoluções? Nós, da rede latinoamericana do ENSINO DE ECOLOGIA NO PÁTIO DA ESCOLA (EEPE), acreditamos que sim. E acreditamos que muitos desses problemas são de ordem ambiental, exigindo de todos nós uma participação proativa no cuidado ao meio ambiente. Principalmente, questionando sobre o ambiente localizado ao nosso redor. E no caso da escola, o pátio proporciona um espaço de trabalho muitas vezes pouco explorado. Assim, partimos do princípio de que para conservar, temos que conhecer, compreender e questionar. Mas conhecer, compreender e questionar o quê? A história natural do nosso entorno, para que assim possamos pensar em ações de conservação dos recursos naturais e de manejo sobre como quereremos o nosso ambiente no futuro. Para sermos capazes de tomar essa decisão, o EEPE usa como ferramenta o CICLO DE INDAGAÇÃO. Este incentiva a curiosidade para fazer PERGUNTAS, a AÇÃO para respondê-las, e a REFLEXÃO sobre o meio ambiente no passado, no presente e no futuro.