A educação superior nas universidades brasileiras deixa seu lugar de excelência para ceder posto às novas exigências do mercado, que delimitam o ensino e restringem o conhecimento aos interesses do capital. Com intuito de revelar essa situação, o autor apresenta aqui os resultados de sua pesquisa. Discute, primeiramente, o processo de mercantilização da educação superior, a partir dos conceitos de educação-mercadoria e mercadoria-educação. Em seguida, analisa as proposições dos empresários industriais, organizados na Confederação Nacional da Indústria, e da nova burguesia de serviços, organizada no Fórum Nacional da Livre Iniciativa na Educação. Finalmente, procura compreender como o Poder Executivo articula, na reforma da educação superior, os interesses do capital em geral, mesmo que para tal confronte alguns interesses específicos.