Em meados da segunda metade do século XIX, no Rio de Janeiro, o cronista oficial da corte tem suas mornas e monótonas tardes de viúvo abaladas por uma tarefa profissional. Uma carta chegara ao Paço Imperial, endereçada à Sua Majestade o Sr. Dom Pedro II. Na missiva, um estancieiro gaúcho chamado Francisco da Silva cobrava a promessa feita vinte e um anos antes por Dom Pedro II de fazê-lo barão, em agradecimento à sua hospitalidade quando da visita imperial às terras do Sul. Como os registros oficiais nada apontam, o historiador do governo parte em uma missão no interior do estado mais meridional do Brasil: quem seria Francisco da Silva? Tudo deveria ser checado, afinal, estava em jogo a palavra do Imperador.