"Não se pode pensar nas famílias senão como um sistema em que os indivíduos vivem o processo de crescimento. Na obra de Marfiza T. Ramalho Reis, a atenção volta-se para esse processo e, com diferentes abordagens, psicoterapeutas de família refletem sobre as diversas etapas pelas quais as famílias passam. Inicialmente, para criar raízes, seus membros se unem e vinculam, vivem as crises e dores para deixar os filhos partirem, vivem o desapego e, por fim, realizam a solidão que o processo de individuação impõe. O cinema é uma arte que, distante do padrão convencional, apresenta-nos as novas famílias formadas de casais homoafetivos; compostas de dois pais, duas mães; as que surgem da produção independente via fertilizações in vitro de doadores anônimos; as monoparentais e outras com filhos legítimos e adotivos. Pelas películas experimentamos o que foi reprimido em nós, o avesso e o reverso, e nos conhecemos um pouco mais."