O menino Tonico mora na praia de Caravelas, num casarão herdado de sua família açoriana, que ali se instalou em 1730. Agora, dois séculos e meio depois, o pai de Tonico está na iminência de perder a propriedade para um banco. O menino desconfia que por trás do negócio estão os descendentes de um famoso pirata francês que teria escondido seu tesouro naquela região. Procurando uma pista, Tonico vai ao porão, onde acaba dormindo numa cama encantada, que o leva de volta ao passado e o faz encontrar-se, sucessivamente, com o avô criança, com a avó do seu avô, e assim por diante, até a geração que construiu a casa e conheceu o pirata. Por meio das pistas que vão surgindo, Tonico deslinda a trama e descobre onde está o tesouro. Quando desperta, avisa os pais e, juntos, salvam a propriedade. Durante duzentos e setenta anos, a família Prates foi a dona do engenho e da mansão das Caravelas. E, durante todo esse tempo, a maldição de Pierre Fenelon, o pirata, pesou sobre a casa, ameaçando expulsar todos os habitantes. Parece que, afinal, em 1990, os Prates estão derrotados, o banco tomará suas terras. A única esperança é que o menino Tonico consiga decifrar o enigma e desfazer a maldição do pirata, nem que tenha de voltar até o tempo em que os corsários franceses saqueavam as aldeias do litoral sudeste do Brasil.