A autoridade me é insuportável, a dependência, intolerável, a submissão, impossível, deixa claro o autor Michel Onfray, no livro A política do rebelde - Tratado de resistência e insubmissão. O texto celebra tanto a busca do prazer como a filosofia de combate. Uma filosofia pela plenitude da vida. Das obras sobre o horror nazista, ele constata que não existe diferença de natureza entre os campos de concentração e as catedrais da dor administradas pelo capitalismo - indústrias, empresas, prisões, hospitais psiquiátricos. O desprezo pelo indivíduo é o mesmo. Adepto da retomada dos ideais de maio de 68, Onfray defende um reencantamento do mundo. Para que isso aconteça, é fundamental submeter o econômico ao político, mas também colocar o político a serviço da ética. Acredita, portanto, que seja importante destacar a cultura crítica, a cólera como dinâmica e o ódio a moral do sofrimento, que faz do trabalho um valor absoluto e falsamente emancipatório.