Meditei bastante à procura de um modo de, em poucas palavras, definir Vidal Idony Stockler. Não foi preciso. Abri os originais de Instantes e achei a definição pronta. Está numa trova sua que vale como auto-retrato: Detesto toda maldade, /não comungo com a dor. / Meu nome é felicidade, / empunho a taça do amor. Vidal é todo do bem, um dos poetas mais puros que até hoje conheci. Gosto dele à beça, desde quando conversamos pela primeira vez numa excursão de trovadores paranaenses a Treze Tílias. Durante a viagem inteira ele gorjeou. Era ver um passarinho, uma agüinha, uma árvore florida, uma ovelha pastando... e os versos brotavam feitinhos do coração dele, com a maior naturalidade. Um poeta integrado à natureza. Depois disso ficamos irmãos, ele em Curitiba, eu em Maringá, trocando emoções via correio, telefone, e-mail... Valeu demais aquele passeio, porque ter Vidal como amigo é um presente de Deus. Agora ele me pede que faça a apresentação de Instantes. Desculpa que encontrou para me dar carona em seu belo álbum de trovas e haicais. Só posso dizer muito obrigado, e dar parabéns aos leitores pelos bons momentos que terão lendo este diálogo do poeta Vidal com o que há de mais bonito na vida.