Couro imperial é a crônica das ligações perigosas entre gênero, raça e classe que deram forma ao imperialismo britânico e à sua sangrenta desmontagem. Cobrindo o século entre a Grã-Bretanha vitoriana e a luta pelo poder na África do Sul, o livro trata da complexa relação entre raça e sexualidade, fetichismo e dinheiro, gênero e violência, domesticidade e mercado imperial, e analisa a influência do gênero sobre o nacionalismo nas zonas do poder imperial e anti-imperial. Utilizando teorias pós-coloniais, psicanalíticas e socialistas, Couro imperial argumenta que as categorias de gênero, raça e classe não existem isoladamente, mas surgem em relação íntima entre si. Baseando-se em diversas formas culturais - romances, propaganda, diários, poesia, história oral e o espetáculo mercantil de massas -, o livro examina o imperialismo não só como uma poética da ambivalência, mas também como uma política da violência. Rejeitando tradicionais oposições binárias entre eu-outro, homem-mulher, colonizador-colonizado, Anne McClintock invoca uma compreensão mais complexa e nuançada das categorias de poder e identidade sociais.