A religião vê-se muitas vezes carregada com um peso que não é dela: experimentada como imposição mais ou menos repressiva. Aparece como religião do dever, da limitação da existência, da exigência, que não permite descansar... Falso. O peso da vida não é o peso da religião, senão o da existência como tal. É o fato de se ser humano, de se realizar como pessoa, aquilo que acaba sendo difícil (mas também tem seus gozos...). Ser pessoa: eis aí a exigência, o chamado que leva para a frente, a tarefa e a dureza da liberdade.