Não sendo poeta não entenderemos deveras a dor que só o poeta de verdade sente. Suspeitamos, curiosos, ansiamos por saber, mas este ofício não é nosso: é do poeta. É assim que ele sente o mundo, a dor da gente, o pôr do sol, um galho que balança. Mas, se por um lado não podemos sentir a dor que o poeta sente, perdemos sempre a rudez ao conhecê-los, deixamos de lado, mesmo que por instantes, a matemática da vida. E, assim, pelo sentir, conhecemos mais e melhor o mundo. Às vezes temos sorte e conhecemos os poetas em carne e tripas, outras os conhecemos lendo. O que importa é que sempre, ao conhecê-los, entendemos mais deles e menos da dureza do mundo. Espero que possam conhecer esta poeta e que seja: transforma-dor!