Este livro propõe uma visão renovadora da relação entre Imprensa e Literatura nos séculos XIX e início do XX, no Brasil e na França. Coloca-se em evidência a circularidade e interação estreita entre criação literária e escrita periódica, considerando-se os jornais como lugares privilegiados para a estruturação de formas literárias inéditas e para a criação de uma literatura nacional em busca de identidade e autonomia. No panteão das Letras, Machado de Assis, Émile Zola, Victor Hugo, entre tantos outros escritores-jornalistas da época, são considerados nas idas e vindas entre sua prática jornalística e produção literária. A partir daí, emerge o estudo das transferências culturais produzidas entre os dois países que passavam a integrar a “civilização do jornal”, que se estruturou a partir do XIX, em muito apoiada na revolução midiática produzida pela expansão da imprensa.