Em 1989, quando viajou à China pela primeira vez, Luís Giffoni encontrou o país, que se aprontava para a globalização, ainda fechado e traumatizado pelo massacre da praça da Paz Celestial. Dezoito anos depois, retornando a Pequim, o autor observa que aquele fatídico episódio é assunto proibido por lei e que pouco se sabe sobre os audazes estudantes que, em nome da liberdade e da democracia, desafiaram o poder. Sabe-se apenas que a China, sem mudar necessariamente o regime político, tornou-se potência mundial, sem limites previsíveis para seu crescimento. Giffoni não se propõe a investigar esse processo de transformação. Para tal, bastaria estudar os manuais de economia e história, sem que fosse preciso visitar o país. O que motivou sua viagem foi uma grande curiosidade em torno de todas as miudezas do país que juntas fizeram surgir a superpotência deste século.